Poema concebido em Campinas [SP/BRA] nov./2013
Argollo Ferrão, A. M. de (2013). Anjos [web]. Disponível em <https://argollo.arquiteturadocafe.com.br/antologia/poetica/anjos/>.
Anjos
Os anjos que zelam por mim Merecem meus mais sinceros elogios… Quero um Querubim — ou será um Serafim ? Contar com anjos assim é vencer quaisquer desafios. Merecem o mais elevado reconhecimento, A Luz — toda a Luz — minha gratidão Por me acompanharem em cada momento De dor ou de dúvida ou de solidão. Às vezes sinto-lhes a aflição… Quanto trabalho já lhes devo ter dado Quando, obcecado, não lhes sigo a inspiração… Rumo corrigido, espírito repreendido, corpo fechado. Sempre fui abençoado, Sempre guiado pela mão Por quem está sempre ao meu lado Me alimentando e nutrindo-me a intuição. Todavia reconheço-me sagrado E profano como somos todos, em união Com os anjos que se mostram presentes Nessa vida, nesse plano, nessa dimensão. Mas há algum tempo me sinto abandonado, Agoniado, ferido — bem no coração — Que mataforicamente batuca um batuque calado E clama pelos anjos que não sei mais onde estão. Foram eles que sumiram zangados ? Ou fui eu quem perdeu a ilusão ? O fato é que padeço cansado De orar sem ação e rezar sem razão… Aos anjos, que me dão proteção, Rogo para que não desistam de mim, Rogo que me guardem até o fim E que, resignados, me concedam o perdão. Rogo que bem cumpram a Missão De me inspirar e dar orientação. Quisera falar a língua dos anjos E ser capaz de dar comunicação. A benção, amigos da Luz ! A benção irmãos da mesma Criação ! Entendo que perdoar ou doar é orar Pois orar sem ação não é Oração. Anjos.