Poema concebido em Campinas [SP/BRA] jun./2011
Argollo Ferrão, A. M. de (2011). Clara evidência [web]. Disponível em <https://argollo.arquiteturadocafe.com.br/antologia/poetica/clara-evidencia/>.
Clara evidência
Onde estão todas elas, Que não as vejo em lugar algum ? Estariam nuas me amando em vidas paralelas ? Ou para elas me amarem nuas Sob luas nessas vidas, Eu deveria entoar o Om ? — Om… Shanti Shanti Om… — Avenidas contramão E mil tons em sintonia, Mais que a luz, toda energia, Esse som seria um… — Om… Shanti Shanti Om… — Onde estão todas elas, Que não as vejo despidas, Desejosas me amando nuas Sob luas numa noite especial ? Avenidas cruzam ruas E as cidades — áridas, cruas — Me fazem sempre muito mal. Sentimento de não pertencer a lugar algum, Não ser, não estar, nem poder entoar o divino som… — Om… Shanti Shanti Om… — Onde estão todas elas, Que não as vejo mais de jeito algum ? Seria muito pedir que voltassem ? Que ladainha é essa que escuto agora, Sem nexo, sem sexo, sem tocar o plexo Solar ? Sem sequer vibrar o Om… — Om… Shanti Shanti Om… —