Poema concebido em Campinas [SP/BRA] abr./2011
Argollo Ferrão, A. M. de (2011). Dessa vez valeu [web]. Disponível em <https://argollo.arquiteturadocafe.com.br/antologia/poetica/dessa-vez-valeu/>.
Dessa vez valeu
Dessa vez valeu, Fiz ver a todos Quem eras tu, E quem sabe, assim vejam quem sou eu. Dessa vez valeu, E foi rápido, prático, instantâneo Como alimento pré-cozido, ou cru, Como a comida que ninguém nunca comeu. Dessa vez valeu, E eu fiz questão da reticência... Embora poucos compreendam tudo o que ela diz, E muitos digam pouco sobre o que ela compreende. Dessa vez valeu, E ela cala porque assim é eloquente Tal qual sopa, chá, e banho de água quente, Tudo o que eu sempre quis e nunca foi meu. Dessa vez valeu, E eu rogo que a poesia seja exata Mente vaga, como sonhos em cascata Vagamente percebidos como vidas interrompidas no apogeu. Dessa vez valeu.