Poema concebido em Campinas [SP/BRA] mai./2011
Argollo Ferrão, A. M. de (2011). Fênix [web]. Disponível em <https://argollo.arquiteturadocafe.com.br/antologia/poetica/fenix/>.
Fênix
Esse céu de um incrível azul Faz pensar que nestas terras As pessoas são generosas, Agradecidas e modestas, Merecedoras das benesses Que a Natureza esplendorosa, Refulgente e magnânima, Simplesmente dispõe — sem mais. Mas a população está toda cinza. Invólucro cinza, aura cinza, O pensamento e o próprio corpo astral, Cinza ! Mas de um cinza opaco Tendendo ao grafite, Carvão, com ares de fuligem Absolutamente sem brilho, sem forma. Gente deserdada e solitária — degradante situação — Gente cativa em processo de degeneração Não usufrui do que era para ser seu. Naturalmente seu — o céu Azul para um povo cinza. [...] Mas das cinzas ressurgiu a fênix.