Poema concebido em Campinas [SP/BRA] SET./2016
Argollo Ferrão, A. M. de (2016). Inglória [web]. Disponível em <https://argollo.arquiteturadocafe.com.br/antologia/poetica/ingloria/>.
Inglória
Vândalos vangloriam-se das quebradeiras Que provocam pânico, correria e indignação, Mas a menina, que nada tem a ver com isso dá com a mão E sorri feliz, alheia à falsa guerra de cores, hinos e bandeiras. Pois parece que é tudo uma farsa, é tudo ilusão Daqueles que desgraçadamente vão às praças para destruir, Intimidar, oprimir, subjugar, ferir com quatro pedras na mão, E a menina, que parece desatenta, apenas observa e decide se omitir. Calam-se as pessoas de bem, calam-se todos e dizem Amém Aos temerários anjos das guerras de rua, mascarados filhos da pura Ditadura do faça a guerra e não o amor, tragédia para quem, Como eu, viveu os anos do faça amor não faça guerra — in natura !