O sono e a vigília

Poema concebido em Campinas [SP/BRA] out./2011

Argollo Ferrão, A. M. de (2011). O sono e a vigília [web]. Disponível em <https://argollo.arquiteturadocafe.com.br/antologia/poetica/o-sono-e-a-vigilia/>.

O sono e a vigília
Os meus olhos pesados refletem cansaço,
Esgotamento físico e mental,
Muito sono, muito, muito sono,
E uma aparência que não me é natural.

Pálpebras fechadas para o descanso da mente
Irrigam-me os olhos, e neste momento
O aumento da produção lacrimal
Proporciona-me desejado refazimento.

E dizem que não estou bem,
Observam que vou muito mal.
A mim meus olhos não me denunciam o que veem
Mas me ameaçam com um desfecho fatal.

Os meus olhos pesados reclamam repouso
Para um restabelecimento integral.
Muito sono, muito, muito sono,
E um desejo que — sim — é muito natural.

Dormir…
Dormir muito…
Dormir o sono dos justos…
Dormir o sono reparador — dos justos

É perfeito para quem segue no prumo,
Numa plena retidão de conduta,
Dormir para acordar refeito
E manter-se em vigília na luta

Em prol do que é muito, muito natural.