Poema concebido em Campinas [SP/BRA] jan./2017
Argollo Ferrão, A. M. de (2017). Sobre o ato de sorrir [web]. Disponível em <https://argollo.arquiteturadocafe.com.br/antologia/poetica/sobre-o-ato-de-sorrir/>.
ISBN 978-65-86978-05-6 / Publicado em 2020
Argollo, A. (2020). Sobre o ato de sorrir. In A. C. Rêgo… [et al.] (Org.). Memórias do confinamento (p. 81). Jundiaí [SP/BRA]: In House.
Sobre o ato de sorrir
Acabo de intuir Que o simples ato de sorrir Desinfeta o que de mal paira no ar… Não adianta contar até três, inspirar e depois soprar Pois a casa em que há sorriso resiste ao sopro do pesar. Acabo de refletir Sobre o simples fato de intuir Que o mal que paira no ar se desinfeta com o sorrir… Não adianta bater, eu não deixo você entrar Nas casas pernambucanas — onde só se faz dançar e cantar. Acabo de concluir Que o simples desacato de sorrir Compromete quem, de mal, respira o que paira No ar… a nova novela das oito… você lamenta mas sorri, Só um instante — repeat after me: you’re sorry but can smile. Acabo de sentir Que o momento é de refletir Sobre o que me faz intuir que sorrir É mesmo o melhor remédio — o que se leva desta vida É o amor que a gente tem pra dar e vender… adeus ano velho ! Acabo de sorrir E concluir que o poder deste simples ato, De fato não se pode medir, definir ou resumir Pois não seria sensato — e sem tato, sem nexo, Sem sustos, eu me calo e vou dormir.