Poema concebido em Campinas [SP/BRA] jul./2011
Argollo Ferrão, A. M. de (2011). Sono soneto [web]. Disponível em <https://argollo.arquiteturadocafe.com.br/antologia/poetica/sono-soneto/>.
Sono soneto
Fazer barulho assim como quem mia E não é gato — mas se espreguiça com propriedade, Ouvir o silêncio que pousa sobre a cidade Sentindo a escuridão que emoldura a noite fria. Tentar dormir, relaxar o corpo de fato Cansado — mais que a mente que está vazia, Ressignificar seus sentimentos, utopia, Clamar aos quatro ventos estupefato. E sentir que o sono traz Consigo — alegria e sossego ! Paradoxalmente isso tanto faz. Trata-se de um exercício de desapego Em que corpo e alma, em plena paz, Reconhecem cavalo e pelego.